Be You - Act Today

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Linha de pensamento: "Somos o que pensamos e tornamo-nos no que fazemos." Paulo Renato

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dê largas à sua imaginação

“O que quer que a mente humana possa conceber e acreditar, o homem consegue alcançar.”
                                                                        Napoleon Hill.
O homem não está preparado com a habilidade de imaginar futuras realizações, se não estivesse preparado igualmente com a habilidade de transformar essas imaginações em realidade.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Sair do desemprego

Acorda de manha. Olha para o relógio na cabeceira e vira-se para o outro lado.
Sem um propósito e objectivo pessoal. Não tem de que ir trabalhar, está desempregado.
Essa inércia provem de uma busca constante durante o ultimo mês, a responder a anúncios e de uma espera incessante de respostas aos currículos enviados.
A constante insistência das notícias que “come” todas as noites com as noticias e debates televisivos, ampliando a crise em que seu país se encontra, deixa-o ainda mais sem força e energia para contrariar tudo que o rodeia.
Liga a televisão, carregando constantemente no botão que faz alternar os canais, à busca de algo que seja diferente. Pára num filme que fala de uma loja mágica.
Aí apercebe-se que a magia da loja provém da magia existente em cada um e pensa: “Eu posso ser mágico. O meu comportamento é que tem de ser mágico e tudo à minha volta se torna magia.”
Levanta-se, vai tomar um banho e faz por deixar a poeira dos pensamentos derrotistas e não frutíferos, acompanhar a água que desce pelo ralo.
Enquanto desfaz a barba, olha-se ao espelho de forma a conseguir entrar dentro de si mesmo e ver o ridículo que estava a ser para consigo.
Veste o seu melhor fato, sem antes ter escolhido a sua peça de roupa interior, que vai ficar demarcada como sendo a da sorte, pois hoje foi escolhida ao pormenor.
Sai e compra o jornal, direccionando-se de imediato para o seu foco de solução, situado na parte central, onde estão os anúncios de emprego.
Escolhe qual vai ser a empresa “sortuda” que vai poder receber nas suas instalações, a sua maior solução para preencher aquela vaga em aberto, com a pessoa mais mágica que alguma vez eles viram.
Telefona a marcar a entrevista.
Quem recebe a chamada, de uma forma robótica, tenta agendar a entrevista para a parte da tarde e quando vai perguntar se tinha disponibilidade, é interrompida pela energia contagiante do seu interlocutor, que lhe coloca uma questão: “Entrevista hoje de tarde, quando já poderia estar à experiencia a essa mesma hora aos vossos serviços! A entrevista poderia ser ainda de manha?”
Um silêncio ensurdecedor toma conta daquele telefonema, durante uns 20 segundos.
Ele pergunta: “Estou? Está ai ainda?” que recebe de resposta: “Dê-me só um minuto. Com licença.”
Ele sente que tinha criado algo de surpreendente a aquela funcionária. Quando assim o é, tudo é possível.
O som que volta a ouvir pelo telefone é masculino e questiona-o: “Consegue estar cá em 30 a 40 minutos?”
Conclusão:
Durante aquele ultimo mês, ele tinha andado a responder a anúncios e a enviar currículos, mas sem magia. Se um magico é um ilusionista, porque em tudo que eles fazem, existe uma explicação lógica, ele à forma como estava procurando trabalho era igual, robótico, como tinha ouvido a tal funcionária atender-lhe o telefonema.
A questão que poderá colocar a si mesmo é se está a usar todo o seu potencial?
Se pensa que sim, é porque está mesmo. Mas se aprender e alargar os horizontes da sua mente, vai aperceber-se que está apenas a aproveitar uma parte daquilo que verdadeiramente é capaz de ser, fazer e ter.
Utilize a resiliência como a sua própria arma. Supere-se surpreenda-se todos os dias e os seus resultados vão ser aquilo que quer.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

50 Perguntas mais frequentes numa entrevista de emprego

Eis uma tradução de um artigo do blogue bhuvans.wordpress.com, redigido por sua vez a partir do livro “The Accelerated Job Search” de Wayne D. Ford.
Como está previsto ultrapassamos os 600 mil desempregados em 2011, e com uma busca acelerada de emprego, achei conveniente transmitir esta tradução.
Cá vão assim as 50 perguntas que mais frequentemente que podem surgir em entrevistas de emprego, e que podem ser usadas nos dois papéis, quer como entrevistador, quer como entrevistado:

1.  Fale-me sobre você:

Esta será talvez a pergunta mais frequente numa entrevista de emprego. Precisará de trazer na sua mente uma resposta breve mais ou menos memorizada, mas procure não deixar transparecer que trazia a resposta preparada, já que isso dará de si uma imagem de fraca espontaneidade. Evite mencionar interesses ou actividades que não se refiram directamente à sua actividade laboral e aborde-os apenas se estes lhe forem especificamente apresentados. Descreva aqui que já realizou na sua vida profissional, focando particularmente naquilo que se relaciona com a vaga a que está a responder. Comece no passado e prossiga a sua breve descrição até ao presente.


2. Porque deixou o seu último emprego?

Seja lá quais foram as circunstâncias, mantenha sempre um toque positivo. Nunca, mas nunca mesmo, mencione problemas graves na sua organização anterior e jamais, mais jamais mesmo, mencione conflitos com os seus superiores ou colaterais. Se o fizer, perderá o emprego com toda a certeza. Diga que saiu por uma qualquer razão positiva, como a procura de uma nova oportunidade profissional.


3. Que experiência tem neste campo?

Seja específico a temas que se referem à posição que está na mesa. Se não tiver experiência específica, tente aproximar-se o mais possível. Evite todos os temas que não têm directamente nada a ver com o campo para que está a concorrer.


4. Considera-se um homem/mulher de sucesso?

Tem que responder obrigatoriamente que sim e explicar sumariamente porque pensa dessa forma, listando os objectivos que traçou para si próprio no passado e a forma como os alcançou e como espera alcançar os restantes num futuro próximo.


5. O que pensam os seus colegas de si?

Leve mentalmente consigo uma ou duas frases citadas de um dos seus colaboradores, colaterais ou superiores. Se não se lembrar de nada diga “O Joaquim diz sempre que eu sou o trabalhador mais eficiente e persistente que já conheceu”.


6. O que conhece sobre esta organização?

É imperativo que investigue a organização antes da entrevista. Tente conhecer tudo sobre a organização, quais são os seus planos de expansão, a sua solidez económica, etc.


7. O que fez para melhorar os seus conhecimentos técnicos no último ano?

Mencione todas as actividades de melhoria da sua performance nas últimas funções, desde aquelas que foram financiadas pela anterior organização até aquelas que eventualmente pagou do seu próprio bolso.


8.  Está a concorrer também a responder a outras ofertas de emprego?

Seja sincero, mas limite ao mínimo as suas respostas já que o importa é manter o foco no emprego sobre a mesa, não nenhum dos outros.


9. Porque é que quer trabalhar nesta organização?

Esta poderá ser a sua resposta mais importante. Baseie-se na pesquisa que fez sobre a organização. Seja absolutamente sincero, já que qualquer falsidade poderá determinar a sua eliminação.


10. Conhece alguém que trabalha para nós?

Esta pergunta pode ser fatal… há organizações que não contratam familiares e mencione apenas amigos se este estiver previamente avisado e for de absoluta confiança… não seria o primeiro a ser enganado por falso amigo que quando questionado sobre nós nos dá uma imagem oposta ao esperado e profundamente negativa.


11. Qual é salário que espera poder obter?

Uma pergunta de resposta delicada… cuidado se responder primeiro, razão pela qual o mais avisado será evitar responder e se perguntar algo do género: “diga-me qual é tipo de salário que está aqui em questão”? Alguns entrevistadores responderão, outros não… praticamente nenhuns o levarão a mal por ter fugido à resposta. Se contudo, achar que tem mesmo que responder, dê um valor tão vago e impreciso quanto o possível.


12. Como se dá com o trabalho em equipa?

Não terá outra opção além de dizer que sim, que se dá muito bem e que gosta mesmo muito, muito. Tenha exemplos à mão, prontos a citar e quanto mais recentes melhor. Exemplifique com casos em que sacrificou o seu próprio bem-estar ou a sua glória pessoal em nome do desempenho da equipa. Nunca se vanglorie, mas procure manter-se no domínio dos factos, tanto quanto o possível.


13. Durante quanto tempo espera trabalhar para nós?

Não seja muito específico. Diga algo vago como “durante muito tempo” ou “enquanto acharem que estou a fazer um bom trabalho”.


14. Já teve que despedir alguém? O que sentiu então?

Outra questão em que a qualidade da resposta é vital… Nunca deixe transparecer que gostou de o fazer, mesmo se essa pessoa mereceu tal despedimento. Mencione que teve que fazer aquilo que tinha que ser feito, e pronto. Diga que quando se trata de defender a organização ou o indivíduo tem sempre que optar pela primeira.


15. Qual é a sua filosofia quanto ao Trabalho?

Nem pense em alongar-se longamente sobre este tema… Diga o que pensa dos trabalhos que têm que ser feitos, e daqueles que são especialmente urgentes e do quanto pretende sacrificar para os cumprir. Seja positivo, mostrando um foco especial nos benefícios para a organização.


16. Se tivesse hoje dinheiro suficiente para se reformar, fá-lo-ia?

Não. É claro que tem que dizer que não… diga que prefere trabalhar a estar reformado…


17. Já alguma vez lhe pediram para deixar uma função?

Se sim, seja honesto… mas com brevidade e sempre sem dizer nada de negativo sobre a circunstância em que isso aconteceu.

18. Explique como poderia ser um activo útil para a organização


Uma das respostas mais importantes de toda a entrevista é esta… Use-a para destacar os seus pontos mais positivos, especialmente aqueles que mais se relacionam com a oportunidade sobre a mesa.

19. Porque é que deveríamos contratar?

Sublinhe em que medida é que as suas capacidades correspondem às necessidades da organização. Nunca mencione que é melhor do que qualquer outro concorrente, nem sequer no abstracto.

20. Conte-me uma sugestão recente que tenha feito no seu último emprego

Vá para a entrevista com uma destas sugestões já preparada. Esta deverá ser uma que foi aceite (de forma a manter o tom positivo) e que tenha tido uma aplicação bem sucedida. Idealmente, deverá ser directamente aplicável no tipo de funções a que está agora a concorrer.

21. O que o irrita mais nos seus colaterais?

Não lhe cheira a armadilha? Se não devia, porque é exactamente disso que aqui se trata… Simule que está a pensar em alguma coisa e depois diga que não lhe ocorre nada neles que o irrite e que o seu relacionamento com eles é tão bom que não lhe acorre agora nada que o irrite neles.

22. Qual é a sua maior força?


Pode dar uma de várias respostas. Desde que seja um aspecto claramente positivo. As respostas mais comuns são algo do género: a sua capacidade para prioritizar a resolução de problemas ou projectos, a sua capacidade para trabalhar sobre pressão, os seus conhecimentos técnicos ou a sua capacidade de liderança.

23. Descreva aquele que seria para um “emprego de sonho”

Procure não se referir a nenhum emprego que tenha tido no passado, nem sequer aquele que está agora na mesa. Não mencione especificamente um outro trabalho que não aquele que corresponderá a esta entrevista, porque isso poderá dizer ao entrevistador que sairá na primeira oportunidade. O melhor é manter-se no campo das generalidades.

24. Porque pensa que se adaptará bem a este emprego?

Mencione as suas capacidades, experiência e motivação.

25. O que procura num trabalho?

Veja a resposta 23

26. Com que tipo de pessoa recusaria trabalhar?

Mencione deslealdade para com a organização, violência física ou verbal ou ilegalidade. Qualquer coisa menos grave do que isto deve ser omissa.

27. O que é mais importante para si; dinheiro ou trabalho?

O dinheiro é sempre importante, mas o tipo de trabalho e a satisfação que se retira dele pesa sempre mais.

28. Qual era o seu ponto forte, segundo o seu anterior superior hierárquico?

Há aqui várias respostas possíveis, como lealdade, energia, capacidade de liderança, conhecimentos técnicos, etc.

29. Conte-me o maior problema que já teve com um superior hierárquico

Mais uma armadilha… A ideia é colocá-lo a falar mal do seu superior. Se cai nela, a entrevista está concluída. A solução pode ser manter-se positivo e alegar falta de memória, exactamente como fazem os políticos quando se sentem mais apertados.

30. O que é o desapontou antes num emprego?

Não seja negativo. Fale de “falta de desafios” ou se foi afastado numa qualquer reorganização ou se a empresa fechou as portas, use essa informação agora.

31. Conte qual é a sua capacidade para trabalhar sobre pressão


Diga que gosta de certos tipos de pressão. Dê exemplos que se possam relacionar com o cargo a que está a concorrer.

32. As suas capacidades são mais adequadas para este emprego ou para outro?

Provavelmente, este. Não dê pistas de que poderia querer mais outro emprego além deste.

33. O que é que o motiva a trabalhar melhor?

Depende de si… Mas pode usar chavões como Desafios, espírito d realização pessoal e organizativa, reconhecimento do bom trabalho feito. Etc.

34. Está disposto a trabalhar para além do seu horário? Fazendo noites e fins-de-semana?

Sim, claro… Se necessário e se a organização precisar, terá que estar disposto a tudo.

35. Como vai saber se teve sucesso neste emprego?

Existem varias formas de medir o sucesso. Definindo elevados padrões de qualidade e desempenho e cumprindo-os. Mas somente o seu superior é que saberá de facto se foi ou não bem sucedido.

36. Se fosse necessário, estaria disposto a mudar de local de trabalho?

Deve ser claro e honesto. Devendo recolher junto da sua própria família a sua disponibilidade para tal mudança se lhe parecer provável que o questionem sobre tal. Nunca diga que está disposto a mudar-se e depois não o faça… Já que isso poderá determinar o fim da sua carreira.

37. Está disposto a colocar os interesses da organização acima dos seus próprios?

Esta questão pretende aferir a sua potencial lealdade. Não se alongue. Limite-se a responder que sim.

38. Descreva o seu estilo de gestão

Fuja dos chavões de gestão, porque parecem exactamente aquilo que são: ocos. Contudo, pode usar termos comuns como “progressivo”, “gerador de consensos” (como apregoa Obama) e diga que o altera de acordo com as necessidades de cada circunstância.

39. O que aprendeu de erros anteriores?

Uma armadilha, de novo… Não mencione nada de realmente grave, mas não deixe de mencionar um ou outro pequeno erro, sublinhando sempre o aspecto positivo (medidas correctivas, aprendizagem obtida, etc.)

40. Tem alguns pontos fracos?

Não lhes dê pistas… Obviamente que os tem – como toda a gente – mas deixe ao seu futuro empregador a tarefa de os descobrir. Refugie-se na frase de que ninguém é bom juiz em casa próprio.

41. Se estivesse a contratar alguém para este trabalho, o que procuraria nela?

Obviamente, seja lá o que for que diga, mencione sempre características que já possua e deixe de parte todas aquelas que não tem.

42. Acha que está subqualificado para esta vaga?

Diga qualquer coisa menos sim. Se pensar assim, e se o confirmar dizendo, está a dizer ao seu potencial empregador que irá sair na primeira oportunidade…

43. Como se propõe compensar a sua falta de experiência?

Se tem alguma experiência relevante de que o entrevistador ainda não tem conhecimento, refira-a agora. Se não, concentre-se em confirmar o seu empenhamento e a sua capacidade de esforço.

44. Que qualidades procura num superior hierárquico?

Seja genérico e positivo. Aluda a confiança, sentido de humor (todos julgamos que o temos, especialmente os chefes) e conhecimentos.

45. Exemplifique um caso em que teve que resolver uma disputa entre colaboradores

Dê um caso concreto e aluda sobretudo à forma como resolveu o problema.

46. Que posição prefere numa equipa que esteja a trabalhar sobre um dado projecto?

Seja honesto. Indique se trabalha bem em equipa, se tem capacidades de liderança e
exemplifique sumariamente com exemplos concretos.

47. Descreva a sua ética de trabalho

Mencione tudo aquilo que possa beneficiar a organização, como espírito de missão e gosto pela satisfação recolhida pela pura execução de um trabalho com qualidade e eficiência.

48. Qual foi, até hoje, o seu maior desapontamento profissional?

Diga lá o que disser, nunca pode mencionar algo que estivesse sob o seu controlo directo. Demonstre espírito de aceitação e evite negativismos.

49. Qual foi a coisa mais divertida que fez no trabalho?

Algo que contribuiu para a organização e dentro do normal prosseguimento das suas funções, naturalmente…

50. Tem alguma pergunta?

Leve sempre – mentalmente – uma lista preparada de perguntas, fruto das suas pesquisas na Internet e que tenham a ver com a forma como pode contribuir para a organização. Questione sobre os projectos que estão a decorrer e sobre aqueles que estão prestes a começar e sobre a estrutura onde se irá integrar.

Fonte Principal:
http://bhuvans.wordpress.com/2006/08/19/50-common-interview-qa/

domingo, 24 de abril de 2011

Uma fábula

É sobre um capitão de um barco de transporte fluvial que trabalhava na travessia entre duas cidades. Certa vez um indivíduo de uma das cidades perguntou-lhe: “Como são as pessoas da outra cidade? Estou a pensar em mudar-me para lá!”
Aí o capitão responde-lhe com uma pergunta: “O que acha das pessoas da cidade onde vive agora?”
Se a pessoa responder que são calosas, boas e amigas, então o capitão, diz-lhe que os habitantes da outra margem são calorosos, bons e amigos. Mas se o indivíduo responde que são cruéis, frios e hostis, então obtêm de resposta como sendo iguais.
O que a fábula representa é que, embora não seja-mos responsáveis pelas acções e atitudes das outras pessoas, somos responsáveis pelo modo como reagimos aos outros e por essa razão, pelo modo como reagimos a nós mesmos.
Quando pensa em mudar de amigos, companheiro/a, de local onde vive ou trabalha e qualifica os outros, olhe para si.
Não são os outros que condicionam a sua forma de os ver, mas a sua forma de reagir a eles, vai mudar como o vêem.

domingo, 17 de abril de 2011

Como reconhecer os sintomas do fracasso II

“A maioria de nós dissimula o próprio fracasso em público; disfarçamos o fracasso com muito sucesso de nós mesmos.
Não é difícil de ignorar o facto de que fazemos muito menos do que somos capazes de fazer, muito pouco do que planeamos mesmo modestamente realizar antes de atingirmos certa idade e nunca, provavelmente, tudo o que um dia aspiramos.
Existem formas mais obscuras e despercebidas de cair vítima da vontade de fracassar, formas às quais pessoas introvertidas e extrovertidas são quase igualmente susceptíveis. Pense no sem-número de pessoas, por exemplo, que se incumbem deliberadamente de tarefas que requerem apenas uma pequena parte de sua capacidade e experiencia e que então se exaurem implacavelmente, entregando-se a detalhes inúteis.
Uma vez que não chegam a desenvolver o que possuem de mais valioso em si mesmo, não enriquece e soma apenas conforto secundário aos objectos de seu auto-sacrifício.
Ninguém certamente poderia nos pedir para fazer mais do que estamos fazendo!
Não estamos tão absolutamente ocupados para não termos um só minuto ou mais um grão de energia para fazermos algo mais?
Não é a nossa obrigação fazer do principio ao fim uma tarefa pouco satisfatória, insignificante e sem interesse?
Se não estamos fazendo aquilo que estamos mais bem preparados para fazer, ou fazendo bem aquilo que assumimos como nossa contribuição individual para o trabalho do mundo, pelo menos com a intenção de um passatempo visado com seriedade, haverá um núcleo de infelicidade em nossas vidas que será cada vez mais difícil ignorar conforme os anos vão passando.
Seja qual for o objectivo aparente, é evidente que um estímulo está operando em todos esses casos: a intenção, muitas vezes inconsciente, de atulhar a vida de actividades secundarias ou actividades substitutas de forma a não haver tempo para desempenhar o melhor trabalho de que alguém é capaz.
Em resumo, a intenção é fracassar.”

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Como reconhecer os sintomas do fracasso

"Primeiro passamos pela experiencia e só mais tarde nos voltamos para compreender o processo de desenvolvimento em nós mesmos. O individuo emerge da infância para a adolescência, da adolescência para a maturidade e em cada um desses momentos críticos vemos que as actividades e interesses do período anterior estão sendo substituídas pelas do actual. Reconciliando com as novas exigências nos mostrando prazeres e recompensas do período que se aproxima que vão substituir as que devemos abandonar.
O retraimento da luta, abandono do esforço, diminuição do desejo e da ambição seriam movimentos normais em um organismo que estivesse sendo gentilmente persuadido a deixar de lado suas preocupações com a vida.
É por essa razão que estamos autorizados a considerar a Vontade de Fracassar uma realidade.
Agora, se a inércia e a timidez substituem a actividade, o esforço passivo, a imobilidade e a resignação só aparecem no final da vida. Se esses sintomas não nos colocam em posição de desvantagem quando deveríamos estar em pleno gozo de nossas energias, não haveria razão para atacarmos esta Vontade de Fracassar como se ela fosse o arqui-inimigo de tudo o que é bom e eficaz em nós.
Se fosse facilmente identificável como o vilão perverso que é, ao chegar fora o tempo devido, seria simples combate-la. Mas quase sempre já estamos em seu poder antes de suspeitarmos vagamente que as coisas não estão como deveriam estar.
Estamos muito acostumados a falar do fracasso, frustração e timidez como coisas negativas, como se fossemos convidados a lutar contra moinhos de vento quando somos chamados a lutar contra os sintomas de fracasso.
Na juventude raramente reconhecemos esses sintomas em nós.
Os anos passam e acordamos assustados ao descobrirmos que o que certa vez foi um acanhamento juvenil e encantador tornou-se agora algo bem diferente, repelente e doentio. Depois a família cresce, se dispersa e ficamos sozinhos.
Temos a melhor das razoes para não estarmos a fazendo tão bem como deveríamos."
excerto de Og Mandino